Matheus Lima se destaca no circuito de atletismo
Brasileiro de 21 anos tem conseguido bons resultados nos 400m com barreiras

Matheus Lima na disputa das eliminatórias. Foto: Wander Roberto/COB
Existe um brasileiro se destacando nas provas de 400 metros com barreiras no circuito de atletismo além do Piu. Matheus Lima, cearense, 21 anos, tem mostrado ao longo deste ano de 2025 que tem potencial para figurar entre os principais nomes da prova. O maior indício veio em maio, na etapa de Shangai (China), da Diamond League, maior circuito de provas do atletismo mundial. Matheus confirmou a boa fase e ficou em segundo lugar nos 400m com barreiras dias depois de ser vice nos 300m com barreiras (novidade na competição e não disputada em Jogos Olímpicos). O brasileiro correu os 400m com barreiras em 48s08, a maior marca da sua vida. Ficou atrás apenas de Karsten Warholm, que é o recordista mundial e dono de duas medalhas olímpicas, que terminou com 47s28.
A evolução de Matheus tem sido constante. No ano passado, nos Jogos Olímpicos de Paris, ele alcançou as seminifinais da prova de 400m com barreiras em sua primeira participação olímpica. “Estou muito feliz de estar competindo em alto nível e o diferencial é seguir focado nos objetivos e sempre querer mais”, conta Matheus. Treinado pelo ex-corredor Sanderlei Parrela, Matheus se vale da experiência do técnico em grandes eventos para aprimorar sua performance. “Tento sempre ouvir os conselhos do Sanderlei. Ele vem me moldando e me fortificando para mais longe”, conta.
No dia 12 de junho, na etapa de Oslo, na Noruega, um misto de sentimentos. Matheus se viu entre os três melhores atletas dos 400m com barreiras na atualidade - o norueguês Karsten Warholm, o norte-americano Rai Benjamin e o brasileiro Alison dos Santos, o Piu. “Fico feliz de poder correr ao lado dos três melhores do mundo e espero correr muitas vezes”, torce. Matheus confessa que estar com o compatriota é especial. “Correr ao lado do Alisson é bom. Mas como eu falo, dentro das pistas nós somos adversários, mas fora temos uma amizade muito grande”, garante.
A performance não foi a que Matheus esperava. “Eu me senti muito bem, mas não fiz uma corrida totalmente boa”, admite. O brasileiro caiu e sentiu uma pequena lesão. Mas há tempo de se recuperar e corrigir as falhas até o Mundial de Tóquio, em setembro. “Tive alguns erros que são fáceis de corrigir para que não ocorra novamente”, afirma.