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Os e-sports chegaram ao Comitê Olímpico do Brasil

Apresentação aos colaboradores no Auditório do CT explicou detalhes dos esportes eletrônicos e convidou à experimentação

Por Comitê Olímpico do Brasil

1 de ago, 2025 às 14:07 | 3 minutos de leitura

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Novos tempos estão chegando ao Comitê Olímpico do Brasil (COB). Em uma divertida apresentação feita aos colaboradores no auditório do Centro de Treinamento do Time Brasil no Parque Aquático Maria Lenk nesta quinta-feira, 31 de julho, o COB mostrou seus planos para os e-sports. Em linha com os últimos atos do Comitê Olímpico Internacional (COI) de aproximação da juventude e reconhecimento dos jogos eletrônicos como populares e largamente difundidos, O COB já apertou o start.

"Sabemos que isso é uma realidade que gera uma discussão muito ampla, com muitas opiniões. Mas temos que saber trabalhar de maneira inteligente os e-sports. Não sabemos ainda o caminho que o COI vai tomar, lá também há uma transição de gestão no momento. Mas não podemos esperar o que vai acontecer. Por isso convidamos nossos colaboradores aqui hoje: para colocar todo mundo na mesma página", explicou o Presidente do COB, Marco La Porta.

"A decisão do COI de incorporar os e-sports ao universo Olímpico, nos traz dezenas de novas possibilidades. Oportunidades na área de parcerias e potenciais novos patrocinadores, num mercado em crescimento, mas já estimado em mais de 500 bilhões de dólares. Oportunidades de engajamento com um novo e imenso público de mais de 3 bilhões de usuários de jogos eletrônicos no mundo. E oportunidades esportivas para o Brasil, já que temos alguns jogadores com resultados mundiais expressivos em modalidades com potencial de estarem no programa dos Jogos Olímpicos de E-Games Riad 2027", disse Mariana Mello, Gerente de Projetos Esportivos Especiais do COB.

Mariana destacou uma pesquisa da Game Brasil feita em 2024 que mostra que 82% da população brasileira consome, de alguma forma, jogos digitais. Praticamente 3 em cada 4 brasileiros consideram que as emoções assistindo e-sports podem ser as mesmas de partida tradicional. E mais de 80% concordam que um atleta de e-sport é alguém que supera seus limites", enumerou. Além disso, outra pesquisa, realizada pela iGaming Brazil em 2023, mapeou mais de 4300 profissionais de e-sport no Brasil.

Na apresentação feita pelo gestor da modalidade, Schubert Abreu, aos colaboradores foram explicadas as diferenças básicas na abordagem dos jogos eletrônicos dentro do Movimento Olímpico. São três possibilidades:

•    Esporte Virtualizado - todo e qualquer esporte que possa ser reproduzido no meio eletrônico, utilizando simuladores que proporcionem o esforço físico real da modalidade similar realizada em ambiente outdoor. Exemplos: ciclismo, remo, corrida, tênis, triatlo e taekwondo.

•    Esporte Gameficado - toda e qualquer modalidade esportiva que possa ser reproduzida em consoles para jogabilidade por intermédio de controles, sejam eles para PCs, mobile ou consoles em geral. Exemplos: futebol, basquete, tênis, beisebol.

•    Jogos Eletrônicos: todo e qualquer jogo que possua uma plataforma de estratégia desenvolvida para consoles, sejam eles PCs, mobile ou consoles em geral. Exemplos: League of Legends, Dota 2, Counter Strike.

Os Jogos Olímpicos Eletrônicos se baseiam em três pilares principais que refletem a diversidade e inovação dos esportes no mundo digital. O primeiro pilar abrange jogos de esportes virtuais que combinam atividade física real com tecnologia, como ciclismo, remo, tênis de mesa, triatlo e taekwondo, onde os atletas interagem fisicamente para competir. Já o segundo pilar consiste em simulações esportivas tradicionais, realizadas em parceria com federações como FIFA, FIBA e FIA, incluindo títulos como e-football, NBA 2K e Gran Turismo, que replicam de forma detalhada esportes populares. Enquanto o terceiro pilar abrange jogos competitivos desenvolvidos em colaboração com grandes editoras, como Epic Games, Valve e Riot, com títulos como Fortnite, League of Legends e Rocket League.

Este é apenas o começo de uma prova longa, mas a largada é importante. "O COB quer ser um dos Comitês Olímpicos Nacionais a sair na frente nesse novo jogo. Para isso, já temos um gestor de e-sports no COB, incluímos o remo virtual como um projeto piloto nos Jogos Escolares CAIXA Brasília 2025, e a área de Projetos Esportivos Especiais está finalizando o que será a estratégia do COB frente a esse novo universo", completou Mariana. Como bem resumiu o Presidente La Porta. "Não vamos entrar em nada disso para participar. Nós vamos para ganhar", garantiu.
 

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